terça-feira, 25 de novembro de 2014

Frigidez Sentimental

O meu desinteresse pelo o âmbito amoroso têm ao longo de longos dias me condenado à olhares de reprovação e outros arregalados de indagação.

Não há em mim um traço esnobe, juro!
Amo meus pais, meus livros, a Amy Winehouse, meus cigarros, minha xícara da Marilyn Monroe, minha amiga confidente, o Jô Soares...
Mas coleciono poucos amigos, pelo complexo fato de me enojar com línguas entrelaçadas, salivas trocadas, cerimônias de casamentos, choros de crianças, ligações ou torpedos na madrugada.
Eles detestam isso em mim!

Óbvio e evidente que há sim um prazer num flerte ligeiro, mas apenas nisso, no ligeiro.
Acredito que seres sociais, alguns de pouca leitura (com exceção da Fátima Bernardes e Willian Bonner), procuram alternativas para se auto realizarem as custa das idéias e ambições do Partner, e isso me parece de caráter inculto.

Tenho uma profunda satisfação em preservar intacta minha frigidez sentimental e continuar preferindo que o único liquido viscoso que adentre minha boca, seja o do creme dental.

Não se espantem leitores, se pareço não pertencer a este mundo. Não sou mal-comida, mal-amada, ou uma patricinha de Beverly Hills. Apenas me sinto confortável e opto por isso.

Não pretendo agregar adeptos, mas honestamente gostaria de me deparar com indivíduos que compartilhassem dessa "defesa à geladeira", só por que temos mais o que fazer. 
Só por isso.

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